A gasolina com maior teor de álcool, cogitada há tempos pelo governo federal para atender a pressões do setor de produção de cana de açúcar, está prestes a trazer novos impactos ao bolso do motorista, já penalizado pelo aumento nos preços da gasolina e do óleo diesel neste domingo (1º.).
Após reunião da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) com ministros e membros do setor sucroalcooleiro, será encaminhada para decisão da Presidência a proposta de usar, a partir do dia 16, um teor de 27% de álcool na gasolina comum e na aditivada. A gasolina premium, de octanagem superior, não seria alterada.
A Anfavea atribui a diferença à “não conclusão de testes de durabilidade” e recomenda que “os veículos com motor movidos a gasolina utilizem a premium”, que tem custo mais alto. Para motores flexíveis, a gasolina com 27% de álcool não é prejudicial, mas aumenta o consumo. De acordo com a entidade, o teor de 27% foi escolhido (e não 27,5%, como se pretendia) porque as provetas de verificação de qualidade instaladas nas bombas de combustível não permitem leitura de número fracionado.
Atualização: consultada, a Anfavea confirma que pela proposta a gasolina aditivada fica com 27% de álcool, sendo a premium a única gasolina com 25%, o que esclarece a dúvida levantada por alguns leitores (3/2).
Fonte: Bestcars