Pelo segundo ano consecutivo, o Beto Carrero World, em Penha (SC), recebeu o Honda GP Brasil de Motocross. E mais uma vez o evento, válido pela sétima etapa do Mundial de MX1 e MX2, foi um espetáculo. A possibilidade de chuva até chegou a assustar, mas o que se viu neste domingo (19) foi uma fina garoa e grandes provas. Na pista, o italiano Antonio Cairoli e o holandês Jeffrey Herlings venceram a etapa e mostraram porque são considerados os principais nomes da MX1 e MX2, respectivamente.
Assim foi o evento, que contou com torcida, pilotos e imprensa de várias partes do mundo, arquibancadas e camarotes lotados, além de um público de 18 mil pessoas.
O dia também foi reservado para a Corrida dos Campeões, uma homenagem da Romagnolli Promoções e Eventos aos pilotos brasileiros que ajudaram a construir a história da modalidade no país. Nomes como Nuno Narezzi, Rafael Ramos, Jorge Negretti, Eduardo Saçaki, Elton Becker, Milton “Chumbinho” Becker, Cristiano Lopes, Wellington Valadares, Álvaro Candido Filho “Paraguaio”, Roberto Boettcher, Cássio Garcia e Roque Colmann, foram saudados pelo público e levados às lágrimas.
Além disso, o Honda GP Brasil de Motocross 2013 ficou marcado pelo anúncio da volta do Motocross das Nações ao país. A “Copa do Mundo” da modalidade ocorrerá em 2017 no maior parque temático da América Latina.
MX1 – Amplo domínio de Antonio Cairoli, da Red Bull KTM Factory Racing. Foi assim a primeira corrida. O líder do campeonato fez o holeshot e controlou a bateria. Com três segundos de vantagem sobre Max Nagl, da Honda World Motocross, o hexampeão cruzou a rampa de chegada em primeiro. Com o resultado, Cairoli atingiu a respeitada marca de 58 vitórias em etapas do Mundial de Motocross. O número 58, que também era utilizado pelo piloto falecido da MotoGP, Marco Simoncelli, esteve no troféu de Cairoli como homenagem ao seu compatriota.
No pelotão intermediário, o brasileiro Antonio Jorge Balbi Júnior, da Pro Tork 2B Kawasaki Racing, mostrou força. O mineiro andou mais de 90% da prova entre os quinze mais rápidos, posição que manteve até o fim.
MX2 – Apesar da sétima vitória consecutiva na competição, Jeffrey Herlings, da Red Bull KTM Factory Racing, não teve vida fácil no Brasil. O holandês sofreu uma queda na largada que quase resultou no fracasso da corrida. Enquanto isso, o russo Alexander Tonkov, da ESTA Motorsports Honda, era o líder. Em 12º, Herlings iniciou uma reação incrível. O holandês mostrou seu repertório de ultrapassagens e chegou ao primeiro lugar na 12ª volta. O bote final foi em cima de Glenn Coldenhoff, da Standing Construct KTM.
Entre os participantes que disputam neste ano provas no Brasil, Paulo Alberto foi o destaque. O português da Equipe Honda Mobil ficou entre os onze primeiros na parte inicial da corrida. Ao fim, acabou em 15º. Já o brasileiro Thales Vilardi, da mesma equipe, finalizou em 18º.
Super Final (MX1 + MX2) – O piloto da ICE1 Racing, Rui Gonçalves, fez o holeshot. No entanto, algumas curvas depois, foi ultrapassado por Kevin Strijbos, da Rockstar Energy Suzuki World MX1. Em 10º, Cairoli tentava se aproximar do pelotão de frente. Na terceira volta o italiano já era o segundo. A perseguição a Strijbos durou quatorze voltas. Com três para o fim, o italiano ultrapassou o ponteiro e venceu mais uma. O resultado o mantém tranquilamente em primeiro no campeonato com 330 pontos.
“Eu estava focado neste GP. Gosto da pista e as pessoas realmente torcem por mim. É muito especial vencer aqui e dar um show para essas pessoas”, destaca Cairoli.
Entre os pilotos da MX2, destaque para o espanhol Jose Butron, da KTM Silver Action. O piloto foi o mellhor da categoria ao chegar em 10º na corrida. Já Herlings ficou em 13º no geral da Super Final. Campeão da etapa no somatório (1-2), o holandês segue líder absoluto da competição na MX2 com 347 pontos.
“Tenho tentado realizar o meu objetivo que é vencer cada GP. Na Super Final, que conta com 20 pilotos da MX1 e MX2, tudo pode acontecer”, declara Herlings.
Com problemas na moto após um adversário o derrubar, Balbi foi obrigado a abandonar a prova na 18ª volta. Mesmo assim foi o 18º no geral da etapa na MX1. “Estou contente com o ritmo que atingi, andando ao lado de adversários rápidos. Observei o máximo dentro e fora da pista, aprendi muitas coisas que irei levar comigo”, afirma.
Thales Vilardi garantiu a 31ª colocação na Super Final, sendo o 18º da MX2 na prova. Já no somatório, foi o melhor brasileiro da categoria ao alcançar a 17ª colocação. “Tinha uma meta que era ir para a Super Final e consegui atingi-la. Estou muito feliz com o resultado, pois o Mundial é uma competição extramente difícil”, completa.
O Honda GP Brasil de Motocross é uma realização da Romagnolli Promoções e Eventos, Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e Youthstream. Patrocínio: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fesporte, Honda e Mobil. Co-patrocínio: Pirelli, Yamaha, X Motos, IMS e Iveco. Apoio: Beto Carrero World, Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM), Revista da Moto!, Prefeitura Municipal de Penha e Shopping Balneário Camboriú.
Fonte: Mundial de MX Brasil
Fotos: ICFotos/Imagem Divulgação