Com o crescimento da frota de carros e motos no Brasil, o espaço entre os veículos diminuiu e a distância para frear, também. Um estudo realizado pela Administração Rodoviária da Suécia apontou que 38% de todos os acidentes de motos com feridos e 48% de todos os acidentes graves e fatais com este tipo de veículo poderiam ser evitados com o uso do freio ABS, que diminui o espaço necessário para brecar a motocicleta.
O PL 6273/13, de autoria do deputado federal Adrian (PMDB/RJ), torna obrigatório o uso do sistema ABS para motocicletas que saírem de fábrica. “Nas motocicletas, o sistema ABS possibilita a estabilidade e capacidade de manobra, mesmo em condições adversas na pista, como areia, cascalho ou água. Este fato reduz significativamente o risco de uma queda ou acidente pela frenagem”, afirma Adrian.
O ABS de motocicleta não difere muito do sistema para automóveis, a não ser pelo tamanho: é menor pelo fato de ter apenas dois sensores. Esses sensores são instalados em cada roda e transmitem ao módulo do ABS as informações sobre sua velocidade. Em uma frenagem brusca, onde há uma tendência de travamento das rodas, o sensor informa o módulo, que analisa a situação e, se necessário, alivia a pressão nos freios, evitando que as rodas travem. Há montadoras que oferecem o ABS mecânico nas rodas dianteiras. Esse sistema, diferentemente do ABS eletrônico, possui uma câmara de alívio que reduz a pressão nos freios para evitar que as rodas se travem. Nesse sistema, quando há uma pressão elevada nos freios, o fluido vai para essa câmara, reduzindo a pressão e, também, evitando o travamento dos freios.
O PL 6273/13 está aguardando despacho do presidente da Câmara dos Deputados na Seção de Registro e Controle de Análise da Proposição/SGM.
Fonte: Cesvi Brasil